Existem dois grandes fatores agravantes para o problema de refluxo que afeta tantas pessoas no Brasil: questões fisiológicas e maus hábitos de vida.
Na parte fisiológica, entre o esôfago e o estômago existe um músculo chamado esfíncter esofageano interior. É ele que regula o que entra no estômago e também garante que esse material fique ali. Muitas vezes, essa musculatura pode estar enfraquecida, fazendo com que o material ácido retorne ao esôfago.
Entretanto, a maior parte dos casos de refluxo ocorre por maus hábitos. Essa condição é bastante comum em pessoas que costumam consumir comidas muito gordurosas de difícil digestão ou o hábito de se deitar após comer, o que também contribui para o problema.
O refluxo recebe esse nome por caracterizar o retorno do material ácido que existe no estômago para a região do esôfago ou até mesmo a boca. Pontualmente, não se trata de um problema muito grave.
O grande perigo está em sofrer frequentemente com o refluxo. A médio prazo, o ácido estomacal pode sim provocar problemas sérios. Isso porque nosso estômago possui um revestimento capaz de impedir que o ácido ali provoque estragos. O esôfago não.
Quando esse ácido retorna a ele, sua propriedade corrosiva, com o tempo, pode causar danos graves. Uma frequência semanal de episódios de refluxo já caracteriza um problema crônico.
No caso de refluxo provocado por maus hábitos, a solução é mais simples: primeiro, mudar esses hábitos. Comer comidas mais leves, menos gordurosas e com menos potencial irritante, como condimentos fortes e pimentas, já colabora. Evitar se deitar logo depois de uma refeição também é útil contra o refluxo.
Caso o problema persista, é possível optar por uma série de medicamentos que diminuem a intensidade de acidez no estômago, e/ou medicamentos que aceleram o esvaziamento gástrico, impedindo que o material retorne ao esôfago, antes de optar por uma intervenção cirúrgica.